Título Original: Sonhos da Isah: Final de ano
Animação: Maraísa Souza, Victor Sousa e Anthony Marks
Cenários: Carol Martins, Juliana Souza, Thaysi Monteiro, Andrea Rodrigues e Daniel Fernandes
Áudio : Gabriel Ferrão
Edição: Ricardo Arroyo
Com uma estética 2D que remete à “magia clássica da Disney”, segundo a crítica internacional (CCM Magazine), o filme apresenta uma abordagem rara e comovente: a jornada de Cristo contada através do olhar puro e curioso de uma criança, o jovem apóstolo João. A narrativa convida o público a redescobrir o amor, a esperança e a fé com a sensibilidade de quem vê a história pela primeira vez.
Um filme para todas as idades — especialmente para as crianças
Em um mundo acelerado e repleto de distrações, o filme surge como uma oportunidade preciosa para famílias que desejam ensinar sobre Jesus de maneira leve, acessível e marcante. A animação combina fidelidade bíblica, estética delicada e uma narrativa emocional que aproxima gerações e cria pontes entre pais, filhos, avós e educadores.
A infância sempre foi uma metáfora poderosa nas Escrituras — e agora, ela se torna o próprio ponto de vista da história.
“Quando olhamos para Jesus com os olhos de uma criança, algo dentro de nós se renova. É como redescobrir o amor, a esperança e a fé pela primeira vez.” - comenta Eduardo Lopes, pai que já ficou encantado com o trailer do longa.
Uma jornada que começa no coração de um menino
Ambientado no ano 30 d.C., o filme apresenta a expectativa pela chegada do Messias e acompanha Jesus desde o início de seu ministério até sua crucificação e ressurreição. Tudo é visto pelos olhos de João — não o apóstolo já maduro, mas o menino sensível e admirado que testemunha, aprende e se transforma.
A narrativa infantil cria um tom íntimo, terno e inspirador, mostrando como Jesus revelava o Reino de Deus de maneira acessível a todos — inclusive às crianças, que Ele tanto valorizava.
Por que este filme é especial?
O filme não apenas narra acontecimentos bíblicos — ele convida o público a se perguntar: “Quem é Jesus para mim?” E essa reflexão, quando feita a partir da perspectiva de uma criança, se torna ainda mais profunda.
Assista o trailer do filme Jesus a Luz do Mundo
Das primeiras projeções ao realismo de Mel Gibson
As primeiras representações cinematográficas de Jesus surgiram ainda no início do século XX, em produções mudas como A Vida e a Paixão de Jesus Cristo (1902), dos irmãos Lumière. Essas versões pioneiras buscavam reproduzir passagens bíblicas de forma quase teatral, encantando o público com a novidade da imagem em movimento.
Com o passar das décadas, vieram obras que marcaram gerações, como O Rei dos Reis (1961), de Nicholas Ray, e Jesus de Nazaré (1977), minissérie dirigida por Franco Zeffirelli e estrelada por Robert Powell, cuja interpretação serena e olhar intenso ainda é lembrada como uma das mais icônicas do cinema religioso.
Em 2004, Mel Gibson revolucionou o gênero com A Paixão de Cristo, trazendo uma abordagem crua e visceral da crucificação. A atuação de Jim Caviezel ficou marcada pela intensidade física e espiritual, enquanto o realismo brutal do filme reacendeu debates sobre fé, sofrimento e arte.
Diversidade de interpretações e novos olhares
Nas últimas décadas, cineastas têm experimentado leituras mais simbólicas ou humanas de Jesus. A Última Tentação de Cristo (1988), de Martin Scorsese, por exemplo, causou polêmica ao retratar um Jesus dividido entre sua missão divina e desejos humanos. Já Jesus Cristo Superstar (1973) transformou o evangelho em um musical rock, apresentando um Messias pop e contestador.
Mais recentemente, produções como O Jovem Messias (2016) e séries como The Chosen (2019) exploraram o lado mais humano e cotidiano de Jesus — mostrando-o como um homem que ri, chora, ensina e convive com as pessoas de sua época de forma próxima e empática.
O novo rosto de Jesus
Agora, Mel Gibson retorna com A Ressurreição de Cristo, previsto para 2027, trazendo Jaakko Ohtonen, conhecido por Vikings: Valhalla, no papel principal. A escolha promete uma nova interpretação — um Cristo de força interior e mistério, revivendo o simbolismo da vitória sobre a morte e a fé na transformação.
Entre a fé e a arte
Cada filme sobre Jesus reflete não apenas a visão de seu diretor, mas também o espírito de sua época. Seja como ícone divino, revolucionário espiritual ou homem comum, Jesus continua sendo uma figura que convida o cinema a questionar, emocionar e inspirar.
Mais do que um personagem, ele é um espelho em que o cinema projeta o eterno dilema humano entre a dor e a esperança, a dúvida e a fé.