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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Filmes cristãos são feitos por dinheiro, e não pela integridade da mensagem em Hollywood

O cinema tem sido, historicamente, um território de glamour protagonizado por Hollywood. A 87ª cerimônia de entrega do Oscar, que aconteceu neste domingo (22) em Los Angeles, Califórnia, mostrou o quanto este cenário tem sido transformado. Ainda que os filmes cristãos não estivessem entre os premiados, o ano passado foi marcado por altos investimentos em produções bíblicas, fortemente criticadas por sua infidelidade às Escrituras.

"Historicamente, os filmes cristãos são muito ruins, e posso dizer isso porque eu fiz alguns deles. Você só estava pregando para um público específico, o que era ótimo, porque o público cristão amava e nós, cineastas, nos divertíamos fazendo eles. Mas os filmes nunca atingiam além da audiência cristã, e isso era algo que eu sempre quis fazer", disse o cineasta canadense Paul Lalonde.

A bíblia zombada por grandes estúdios

Dentre os destaques de 2014 estavam Deus Não Está Morto, O Céu é de Verdade, O Apocalipse, Invencível Noé, e Êxodo: Deuses e Reis. Os dois últimos foram produzidos com orçamentos enormes por grandes estúdios. Noé, dirigido por Darren Aronofsky, teve um orçamento de 125 milhões de dólares para ser produzido.

Aronofsky não se desculpou por alterar não apenas importantes detalhes da narrativa bíblica, como também sua mensagem.

Êxodo: Deuses e Reis , dirigido por Ridley Scott, custou 140 milhões de dólares. O filme retratou a Deus como criança e Moisés como um homem durão. Assim como o diretor de Noé, Scott também declarou seu desprezo pelo enredo bíblico original. Aronofsky declarou orgulhosamente que Noé é o "filme menos bíblico já feito", e Scott chamou a religião de a maior fonte de mal no mundo.

Faturando mais de 101 e 64 milhões dólares, tanto Noé como e Êxodo, poderiam ter tido mais sucesso de bilheteria se tivessem saudado o público cristão, em vez de aliená-los.

A bíblia exaltada por pequenos estúdios

Por outro lado, Deus Não Está Morto, O Céu é de Verdade e Apocalipse, foram feitos por estúdios cristãos.

Deus Não Está Morto, produzido por apenas 2 milhões de dólares, faturou quase tanto quanto Êxodo, e falou nitidamente sobre uma experiência cristã nos EUA. Muitos poderiam se identificar com o personagem principal por ter sua fé menosprezada e ridicularizada por um professor antagônico.

O Céu é de Verdade contou a história real de Colton Burpo, que teve uma experiência de quase-morte durante uma cirurgia, aos 4 anos, e suas experiências com Deus para salvá-lo. Foi produzido por 12 milhões de dólares e faturou mais de 91 milhões.

Apocalipse, que teve um orçamento de produção relativamente alto, de 16 milhões dólares, e um protagonista famoso, Nicolas Cage, faturou apenas 14 milhões, apesar de ser baseado em uma série de livros considerados best-seller, visando o público cristão.

O filme cristão mais bem sucedido em termos de lucro foi o de Mel Gibson, A Paixão de Cristo (2004), que focou no nicho evangélico.

Oportunidade para ‘missionários cineastas’

A realização de filmes bíblicos mostra como é raro ver a combinação de uma excelente narrativa com a fidelidade do material original.

A realidade é que os produtores de Hollywood não se preocupam com a Bíblia ou a mensagem cristã, mas sim com a linguagem do dinheiro. Ted Baehr, fundador da Movieguide, apontou que filmes voltados para a família desfrutam de muito mais lucro do que os filmes carregados de palavrões e conteúdo sexual.

“Nossa cultura precisa ser influenciada pela verdade bíblica. O cinema cristão continua amadurecendo, e é possível ver um aumento no número de filmes que transmitem uma mensagem cristã clara, para encorajar os fiéis e convencer as massas. Aí está uma oportunidade para os ‘missionários cineastas’”, encoraja o pastor americano Harry R. Jackson Jr.

Fonte Charisma News, traduzido pelo portal Guiame

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