sexta-feira, 7 de abril de 2017

Cidade Refugio, filme irá abordar centro cristã de recuperação para usuários de drogas.

Ele pode ser visto diariamente no “Vale a pena ver de novo”, na novela “Senhora do destino” (2004), como Maikel Jackson, filho da personagem de Adriana Lessa (Rita de Cássia). Mas, após 13 anos, o ator Agles Steib alçou novos voos, e hoje também é diretor e roteirista. Em abril, ele lança o filme “Cidade Refúgio”, que fala sobre o trabalho de um centro cristão de recuperação para usuários de drogas.

O docudrama (mistura de documentário e ficção) foi rodado num centro de recuperação na Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, e tem no elenco ex-internos do local que nunca atuaram antes. Entre eles, o pastor Alexandre Alves, de 29 anos, que chegou a ser preso 17 vezes:

— Já fui viciado e bandido. Uma vez, indiquei uma casa dessas para um amigo. Tempos depois, vi Deus na vida dele e quis aquilo para mim.


O hoje pastor Jones Rodrigues, de 30 anos, também está no elenco. Ele chegou a ser preso em São Paulo e no Rio, mas se converteu:
— Estava cansado daquilo e aceitei essa mudança que veio de Deus. Hoje prego para os jovens e dou meu testemunho.

Além de dirigir o filme, Agles, que é formado em Cinema e Artes Cênicas e está convertido ao cristianismo há quatro anos, interpreta Alex, ex-usuário que chegou a morar na rua, mas, após frequentar um centro de recuperação, vira pastor. Ele procura um sucessor para assumir o comando do Cidade Refúgio, local que recebe quem se envolveu com drogas, tráfico, roubo... Na Bíblia, as cidades de refúgio são os locais para onde os homicidas poderiam fugir.

Agles começou a visitar essas instituições há três anos. Foi como surgiu a ideia de um filme com as histórias de quem já esteve no fundo do poço:

- A sociedade age de uma forma com a criminalidade, e essas instituições agem de outra: com a palavra de Deus.

Em “Cidade Refúgio”, ex-usuários de drogas que passaram pelo centro de reabilitação de Mesquita interpretam histórias semelhantes às suas. É o caso do pastor Alexandre, que está há oito anos convertido. Apesar da pouca intimidade com as câmeras, ele tirou de letra a nova função:
— Fazer o filme foi como pregar a Palavra.

Diretamente da comédia, o ator e produtor Marco Sainkler, de 33 anos, do Parafernalha — canal de esquetes no YouTube —, vive um personagem bem diferente daqueles a que está acostumado. Ele é Francisco, um dos internos mais antigos do centro de recuperação da história:
— Um personagem dramático vai tirar esse estereótipo de comediante. É minha primeira participação no cinema, e com esse desafio. Ele é como um aluno mais velho de uma escola, um irmão exemplar.

Após ser atendido pelo Centro de Referência Especializado Para População em Situação de Rua (Centro Pop), da Secretaria de Promoção Social de São João de Meriti, ele passou por uma transformação. Hoje vive num centro de recuperação cristão — como os do filme “Cidade Refúgio”.

— Fazemos a escuta social, viabilizamos a documentação e tentamos localizar a família ou levá-los para um abrigo — conta a assistente social Marli de Paula, do Centro Pop, que também oferece assistência jurídica, psicológica e médica.

Nesta quarta-feira, na Praça da Matriz, acontecerá um mutirão da prefeitura. O ônibus do programa “Crack é possível vencer” vai fazer atendimento humanizado a usuários, que receberão lanches e banho.

Equipes da Secretaria de Promoção Social vão fazer o atendimento psicossocial, e será feita a inscrição no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal. Os profissionais também darão orientações sobre segunda via da identidade.
A Secretaria de Saúde levará o “Consultório na rua”, para fazer testagem de HIV, distribuição de preservativos e orientação sobre DST/Aids.

Fonte: Extra Globo 

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