Situado no extremo da Ásia Ocidental, na fronteira com a Síria e Israel, local onde floresceu a civilização fenícia, o Líbano se tornou independente da França no início da década de 1940. Durante 15 anos, de 1975 a 1990, o país enfrentou uma sangrenta guerra civil, período no qual o cineasta libanês Ziad Doueiri, hoje radicado na França, se mudou para os EUA. A constante ebulição política, étnica e religiosa da região sempre serviu de inspiração ao diretor, como em “West Beyrouth (1998) e “O atentado” (2012). E a temática segue em “O insulto”, em sessões de pré-estreia no grande circuito carioca.
No longa, que compete na categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar deste ano — a indicação quase foi impugnada pelo país, já que há cena rodadas em Israel, algo proibido na Líbia —, um desentendimento trivial entre o cristão libanês Toni (Adel Karam, na foto) e o refugiado palestino Yasser (Kamel El Basha, premiado como melhor ator no Festival de Veneza de 2017) se desdobra numa crise.
A partir do entrevero cotidiano, ocasionado por um cano que molha acidentalmente Yasser enquanto Toni rega sua plantas, uma ofensa gera uma reação violenta que vai resultar num longo e midiático processo, mergulhando nas entranhas de espinhosos sentimentos, como a intolerância, o orgulho e a vaidade.
A trama nasceu de uma experiência vivida pelo próprio Doueiri, que, numa discussão com um encanador, usou o mesmo insulto proferido no filme. Após se desculpar, Doueiri usou a briga como argumento para o roteiro, escrito a quatro mãos com Joelle Touma.
Onde e Quando: Dom a qua, em salas do grande circuito.
Quanto: O preço varia de acordo com a sala.
Assista o trailer O Insulto
Fonte O Globo
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