Falar do longa metragem Paulo, Apóstolo de Cristo é lembrar das lágrimas e emoção no final da exibição nos rostos estampados de cada um que esteve na sessão de cinema. É poder dizer que é a melhor produção bíblica desde a produção A paixão de Cristo dirigido por Mel Gibson.
O filme foi dirigido por Andrew Hyatt que cria um roteiro criativo, ele conta a história na perspectiva da última prisão de Paulo, dias antes de sua morte, mostra a perseguição religiosa injusta que os cristãos viviam, a tensão, o sofrimento, as tribulações sendo compartilhados entre todos os irmãos na fé. Na prisão Paulo começa a lembrar sua trajetória de vida, desde a época que era Saulo até sua conversão para Paulo, vivendo o presente e o passado juntos, em uma perspectiva realista.
A centralidade na bíblia no filme é singular, em diversos trechos as frases das cartas do Apóstolo Paulo são expostas pelo próprio Apóstolo, mas em forma de diálogo e não em uma pregação expositiva, tendo como tema principal mostrar o amor de Cristo, manifestado através de atos da igreja.
As tensões entre a comunidade da fé também são colocados nas cenas, e o final é algo que ao mesmo tempo é triste, também é esperançoso, fazendo um duplo climax, com um desfecho simplesmente fantástico e o melhor, trata-se de uma biografia, a narrativa de nosso credo mas aqui não cabe spoiler, basta somente incentivar o leitor assistir uma das melhores produções bíblicas da história do cinema mundial.
Outros pontos do filme também merecem ser comentados, a fé racional e a metafísica se confundem no roteiro, a enfase foi o amor da igreja sobrepondo a própria vida dos cristãos, pelo próximo e até por seus inimigos, algo que a olhos humanos parece ilógico, mas sim está mesma é a intenção do roterista mostrar a loucura do evangelho e a humanidade a imagem e semelhança de Deus trazida pela cristandade, criando um novo reino dentro da Terra.
A produção também não abre espaço para uma visão personalista do apóstolo, não abre mão para o triunfalismo de vitória material pregado em muitas igrejas, não coloca os sinais e maravilhas acima do amor cristão, é um filme com viés reformado, que irá edificar aqueles que frequentam cultos como também aqueles que ainda não conhecem o evangelho que os apóstolos escreveram. Simplesmente maravilhoso.
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