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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Resenha da minissérie Olhos que Condenam, criada pela mesma diretora de Selma está na NetFlix

A nova série da NetFlix, baseada em fatos reais Olhos que Condenam, foi dirigida pela norte-americana Ava DuVernay, a mesma diretora do filme Selma, que retratou a biografia do pastor e ativista Martin Luther King Jr.

A produção conta a história verdadeira de cinco meninos, quatro negros e um latino que foram acusados injustamente de tentar assassinar e violentar uma moça branca no Central Park em Nova York no ano de 1989. A trama  mostra o processo totalmente ilegal, em um jogo psicologico aterrorizante do Estado, através da Polícia investigativa que procura um culpado e assim manipula os meninos para confessar o crime, que eles não cometeram. Logo após revela o processo judicial até sua sentença e as consequências do julgamento na vida de cada um deles.

É um soco no estomago tantas violações de prerrogativas legais de direitos humanos básicos, o preconceito é colocado as claras, o sistema penal americano é desmascarado,  principalmente pelas delegacias e posteriormente pela condição das prisões. A minissérie causa uma sensação de profunda indignação, porém existem muitos pontos interessantes para a fé, o auxílio pastoral da igreja no cuidado com o acusado, abre caminho necessário para o diálogo sobre o abuso do Estado, o preconceito racial e o papel da fé na esperança do dia de amanhã e da eternidade.

Ao final a NetFlix disponibilizou um programa de Tv no qual os meninos injustiçados, hoje senhores Rey Wise, Antron McCray, Yuseff Salaam, Raymond Santana e Kevin Richardson, se sentem, como cada um lidou com o tralma, enfim é uma produção muito impactante.

O cinecristão chama atenção para a produção que deve ser vista por todos os cristãos, isso deve gerar indignação, mas também ato de solidariedade e amor e compaixão, por aqueles que se encontram no presídio, por aqueles que não tem vós e por um sistema mais justo no Brasil, seja prisões que precisam melhorar sua qualidade para que te fato possam reintegrar os ex-presidiários na sociedade, seja para trabalhos nas igrejas de apoio jurídico de forma gratuita para os necessitados, ou então para criar redes de apoio aqueles que já cumpriram as suas penas e querem uma segunda chance. Enfim estarrecedor a minissérie que deve ser vista, comentada e debatida.

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