Páginas

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Resenha O Conto da Aia, série aborda uma distopia de um cristianismo deturpado

O conto da Aia

Desde o surgimento do sucesso The Walking Dead, as séries distópicas que apontam para um mundo caótico ganharam muita força, são diversas as séries que fizeram sucesso em diversos países. A Netflix inclusive até criou uma categoria de séries distópicas e "ficção". 

O Conto da Aia, chama muita atenção, pois mostra a  união de uma seita "cristã", que distorce totalmente o ensinamento bíblico, criando um ambiente de abuso sexual, exploração do trabalho, regime de castas, sequestro de crianças, violência, tudo utilizando de forma deturpada textos bíblicos. A produção é baseada no livro da escritora canadense, Margaret Eleanor Atwood. 

Ambientado nos Estados Unidos após um colapso, um grupo pseudo religioso entra no poder e mistura a igreja e o Estado criando um ambiente totalmente opressivo, um governo totalitário, mudando o nome do país para "Gileade", com problemas sérios de fertilização usa mulheres, chamadas "aias" para este fim, que passam a morar de forma obrigatória na casa dos líderes do governo.

A produção é bucólica e sombria, difícil cenas ensolaradas ou felizes, tudo para criar um ambiente dramático de sobrevivência. A série também aponta para  a luta pela liberdade e o papel das mulheres de reivindicar um mundo melhor menos abusivo, criticando a religião quando ela oprime  


A série  ganhou Prémios Emmy do Primetime de 13 indicações em 2017, incluindo Melhor Série Dramática e também ganhou o  globo de Ouro. O drama não é indicado para família, sua distribuição no Brasil pela Paramount, tem classificação de 18 anos, todavia é interessante do ponto de vista crítico,  ver como todas as vezes que o poder político tem a intenção de unir  com a igreja, causa corrupção, privilégios e abusos, foi assim com o surgimento do Kon Klux Klan ou com a Igreja Católica nos  séculos que antecederam a reforma protestante. Normalmente em todos os ambientes são as mulheres que sofrem mais com a opressão. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário