domingo, 30 de dezembro de 2012

Resenha do filme Árvore da Vida

A propósito, se não tenho coragem de recomendar descaradamente o filme Árvore da vida, de Terrence Malick, é porque às vezes tenho vergonha de quanto descaradamente cristão o filme é, e queria poder evitar esse proselitismo. Mas não se iluda: trata-se de uma obra imensa, luminosa e generosa, ao mesmo tempo ambiciosíssima e tremendamente singela. Árvore da vida é um filme do Espírito e um filme de Jesus em todos os sentidos, inclusive no que a coisa pode ter de mais constrangedor, a sensação sempre iminente de que talvez se esteja assistindo a uma peça de Natal com ambições cósmicas. Porém é um grande filme e um filme cristão, e não creio que as duas coisas já tenham coexistido neste universo. Fiquei por meses ponderando se tinha assistido ao primeiro filme da minha vida ou ao último.

E o glorioso é que a melhor resenha do filme que cheguei a ler é de um homem que não se dá ao trabalho de acreditar em Deus, Tim Brayton, que lê do seguinte modo a contraposição entre o caminho da natureza e o caminho da graça (ou, para usar a linguagem bíblica, entre carne e espírito):

O que me deixou um pouco perplexo, na primeira vez em que vi o filme, foi pensar que se a obra cinemática de Malick pode ser resumida a um único tema, seria a inseparabilidade entre o caminho da natureza e o caminho da graça, não seria? “Natureza”, no entanto, não se refere aqui ao mundo natural, mas à natureza humana. A mulher prossegue sem intervalo a explicar suas palavras, esclarecendo que os que seguem o caminho da natureza são levados a fechar-se para a bondade e para luz; forçam a si mesmos e aos outros a seguir uma espiral desordenada de provarem-se incessantemente os mais fortes, os mais capazes, os mais ricos, os mais poderosos, e assim por diante. Os que seguem o caminho da graça permitem-se simplesmente Ser. Não é o modo como ela coloca, “Ser”, mas não resta nenhuma dúvida a partir do seu tom de voz de que, se tivesse usado essas precisas palavras, “Ser” viria proferido em inequívocas maiúsculas.

Brayton tem a lucidez adicional de enxergar o que pode ter passado despercebido a muitos cristãos que viram o filme, a sacada de que na vida de cada um carne e espírito – o caminho da natureza e o caminho da graça – permanecem inseparáveis mesmo quando um consegue ultrapassar em muito o poder do outro. Foi por isso que, com alguma hesitação, coloquei a narração inicial do filme1 para introduzir minha nota sobre a manipulação de antônimos. Não deve haver dúvida de que o capitalismo é o caminho da natureza e a herança de Jesus é o caminho da graça, mas natureza e graça, embora antagônicos, não são, infelizmente, antônimos. Carne e espírito não existem separados dentro de nós mesmo quando empreendemos entregar a vida com toda paixão apenas a um. Se temos de “escolher que caminho seguir” não é em regime definitivo, o que não seria possível, mas a cada momento. Nem os mais virtuosos nem os mais perversos dentre nós são consistentes na sua escolha, o que explica em parte a ambivalência e a complexidade da condição humana. Como lembra aquela canção italiana de que gosto, somos todos vítimas e algozes e – de algum modo misterioso mas muito literal – os outros somos nós.

Fonte: A Bacia das Almas - Paulo Brabo

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Assista a produção Sinais - 1ª Lugar no IDE Festivais de Curtas

O IDE Festival de curtas cristãos, promovido pela Igreja Bola de Neve, revelou hoje quem foi o grande vencedor do concursos de curta metragem. O festival contou com mais de 120 produções participantes e foi o maior festival cristão do gênero aqui no Brasil. Veja a ficha técnica do vencedor, o curta metragem Sinais:
Titulo: Sinais
Autor: Marcelo Cacilias
Parabola: Sinais ditados pelos príncipes deste mundo a fim de apregoar uma nova ordem. Parábola dos dois caminhos Mateus 7:13-14
Direção: Marcelo e Luciana Cacilias.
Filmagem: Marcelo Cacilias.
Elenco: Marcelo Cacilias.
Assista o curta metragem Sinais

domingo, 16 de dezembro de 2012

Documentário: A História de Keith Green

O cantor americano Keith Green, foi um ícone da música gospel, ele decidiu não cobrar pelos seus shows e criou uma proposta "pague o que quizer", pelos seus albuns, que ainda eram discos, além de abrigar moradores de rua em sua casa. Keith Green ganhou destaque na canção Rookmaker, da banda Palavrantiga, com a frase "Eu canto Kith Green, você canta o que?". A fundação do cantor que faleceu em 1982 fez um documentário sobre a vida dele, leia a ficha técnica:
Sinopse: O documentário é sobre uma vida que tem desafiado e inspirado inúmeras vidas. Contadas pelas pessoas que conheciam Keith melhor, esta biografia é uma história de amor de Deus impactando uma geração, vivendo uma vida com compromisso. Porque mensagem de Keith era realmente uma simples chamada para viver o Evangelho, continua tão relevante hoje como quando ele cantou pela primeira vez e falou isso.
Título Original: The Keith Green Story: Your Love Broke Through
Diretor: Daren Thomas
Duração 65 min.
Assista o documentário A História de Keith Green*

*O filme não é comercializado no Brasil por isso o Cinema Cristão está disponibilizando no Blog, mas o canal do youtube no qual ele é compartilhado não tem relações com está página.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Filme Lincoln será uma das grandes produções no Oscar 2013

É a primeira vez que um filme obtém 13 nomeações para os Critics Choice Movie Awards: Lincoln, de Steven Spielberg, é candidato aos principais prémios para a Broadcast Film Critics Association (BFCA), que representa mais de 270 críticos de média televisivos, online e radiofónicos dos EUA. Continua a sucessão de anúncios de nomeações para a época alta de prémios cinematográficos dos EUA, que culmina com os nomes dos candidatos aos Óscares, conhecidos a 15 de Janeiro para a cerimónia de 24 de Fevereiro de 2013.

Lincoln, escreve a Rolling Stone, perfila-se como sério candidato às nomeações para os principais galardões dos melhores filmes de 2012. Para os 270 críticos americanos que votaram e que deram ao filme com Daniel Day-Lewis (nomeado para melhor actor) e de Steven Spielberg (nomeado para melhor realizador) este número recorde de presenças entre os candidatos aos prémios, o filme é um dos projectos marcantes de 2012. “Este foi um ano verdadeiramente espectacular no cinema e os nossos votantes tiveram uma avalancha de coisas boas por onde escolher”, disse o presidente da BFCA, em comunicado.

O filme de Spielberg (estreia no Brasil a 31 de Janeiro), um épico histórico sobre os últimos quatro meses de vida do 16.º Presidente dos EUA que era evangélico declarado, que atravessou o período crítico do país que vai da guerra civil ao fim da escravatura, gerou também nomeações para Tommy Lee Jones e Sally Field como actores secundários, bem como pelo seu elenco. Day-Lewis, Field e o argumentista Tony Kushner receberam já os prémios do New York Film Critics Circle no início do mês.

Fonte adaptada publico.pt